Profissionais da saúde assistiram, na manhã desta quarta-feira (13), no auditório da Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio (Hospital São Camilo), a uma palestra dedicada à saúde do homem. A atividade foi alusiva ao Novembro Azul, mês de conscientização sobre o câncer de próstata e outras questões de saúde que afetam a população masculina.
Na atividade, o médico Moreno Calcagnotto apresentou dados alarmantes. Segundo os números apontados pelo profissional, os homens vivem, em média, cerca de sete anos a menos que as mulheres. O palestrante explicou que essa disparidade está relacionada a uma série de fatores, entre os quais se destacam doenças evitáveis, como problemas cardiovasculares, diabetes e, claro, o câncer de próstata. O médico enfatizou a importância da detecção precoce e da realização de exames regulares, que, muitas vezes, são negligenciados pela população masculina.
Um dos pontos centrais discutidos foi a falta de prioridade que muitos homens dão a sua saúde. Segundo o Dr. Moreno, essa postura pode ser atribuída a uma combinação de fatores culturais, sociais e psicológicos. “Muitos homens foram condicionados a evitar mostrar vulnerabilidade, o que os leva a ignorar sintomas sérios”, afirmou. Adicionalmente, o medo da dor e da masculinidade associada ao sofrimento físico são barreiras que contribuem para essa negligência.
Outro aspecto abordado foi a falta de uma cultura de cuidado com a saúde entre os homens. Enquanto as mulheres costumam fazer visitas regulares ao médico e manter diálogos abertos sobre sua saúde, muitos homens ainda se sentem desconfortáveis em discutir questões relacionadas ao seu bem-estar. Essa falta de comunicação pode resultar em diagnósticos tardios e em um aumento significativo do risco de doenças que poderiam ser evitadas ou tratadas com maior eficácia.