Ao longo da última segunda-feira (27), a Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio (Hospital São Camilo) realizou bate-papos com a temática do Fevereiro Roxo, mês de conscientização e prevenção sobre o lúpus. O tema abordado foi “Lúpus Eritematoso Sistêmico, estamos atentos?”.
A primeira palestra, “Os principais aspectos de uma doença extremamente complexa”, foi conduzida pelo médico João Lins Maués. O palestrante explicou as principais dificuldades de identificação da doença. Segundo o profissional, o diagnóstico do lúpus é uma tarefa complicada, os sintomas variam de pessoa para pessoa e, por terem sintomas muito semelhantes a outras patologias, podem ser facilmente confundidos. “É importante se atentar aos sintomas mais comuns, que são dores nas articulações e problemas de pele”, relatou o médico.
Na parte da tarde ocorreram duas atividades, iniciando-se pelo tema “Sinais, sintomas e complicações do lúpus”, com o médico Luiz Carlos Seibt. Conforme citado pelo palestrante, de cada 10 adultos afetados pela enfermidade, nove são mulheres. A maior frequência de casos é registrada entre os 20 e 45 anos, com maior incidência em torno dos 30. A doença atinge todas as raças. Uma das características mais clássicas é a mancha na face em formato de asa de borboleta, que acomete de 30 a 60% dos pacientes.
Após, ocorreu a mesa redonda com a enfermeira Sylvia Geisller Rigotte e as técnicas Cintia Francisco da Silva e Tamise da Silva Varreira. A conversa foi baseada em relatos pessoais. “As pessoas acham que tudo que tu fala é fingimento. Alguns profissionais não tem muito conhecimento sobre o assunto, outras pessoas acham que tua dor não é nada. A partir disso, comecei a estudar e depois entrei na área da enfermagem pra tentar entender o que estava acontecendo comigo”, comentou Cintia sobre sua vivência com o lúpus.